sábado, 4 de maio de 2013


A trajetória da MAD no Brasil se divide em quatro séries: a primeira teve 103 números e durou de 1974 a 1983; a segunda série teve 158 números e durou de 1984 a 2000; a terceira série começou em 2000 e terminou em 2006 com 46 números publicados; a quarta série iniciou em março de 2008 e dura até hoje! Além da revista tradicional, todas as séries citadas lançaram diversas edições especiais.

Fonte: http://www.madmania.com.br/index.htm


A HISTÓRIA DA REVISTA MAD PARTE 2:
"EM CASO DE FOSSA, QUEBRE O VIDRO"



Toda a oposição que havia contra a revista foi por água abaixo logo na primeira semana do lançamento: MAD estava vendendo muito bem! Mais 30 mil exemplares foram impressos às pressas e enviados para o restante do país. A capa "em caso de fossa quebre o vidro" virou um clássico. O mesmo pessoal que tinha torcido o nariz ficou de boca aberta. O melhor ainda é que as vendas foram aumentando a cada número! Um ano depois, a revista já tinha ultrapassado a tiragem de 150 mil exemplares, e ainda crescia. As editoras concorrentes desandaram a lançar imitações, que não chegavam aos pés da MAD e também não duraram muito.

Estava indo tudo muito bem, bem demais até, mas havia um problema: a edição americana saía oito vezes por ano, e abrasileira, doze. Além disso, uma parte do material era inaproveitável aqui, pois se referia a seriados que não eram exibidos no Brasil ou eram coisas tipicamente americanas. A MAD brasileira corria o risco de acabar, ou se tornar bimestral, não por baixas vendas, mas por falta de material! Assim, começou para minha alegria um plano de nacionalização progressiva da revista! A partir do número 16, a MAD brasileira começou a publicar algumas páginas produzidas aqui.  Os primeiros colaboradores foram o cronista Carlos Eduardo Novaes que fazia parceria com o ilustrador Vilmar Rodrigues. O humor de Novaes funcionava otimamente bem nas crônicas que publicava nos jornais, mas nos quadrinhos não emplacou, e a seção durou poucos números. Já o ilustrador Vilmar caía como uma luva para a revista, e virou colaborador regular, tanto na primeira como na segunda série, até morrer.



 Outros nomes famosos como Jaguar, Caulos e Nani foram chamados para a seção nacional, mas aos poucos foi se formando uma equipe de colaboradores com a cara da revista: Luscar (que criou o Dr. Baixada), Mariza Dias Costa, e mais tarde o iniciante Flávio, que se tomou regular. Além desses, com traço tipicamente de cartuns, apareceu um ilustrador de mão cheia, Carlos Chagas, que tanto era bom em capas à lá Norman Mingo como ilustrações internas à lá Mort Drucker. Chagas era tão bom que seu passe foi comprado a peso de ouro pela concorrente Pancada, mas quando esta acabou voltou para a revista. Quem segurou a barra durante a sua ausência, além do versátil Vilmar, foi um outro caricaturista, Ramade. Ramade depois se tomou um mágico famoso, e coerentemente sumiu.

Muitos outros além desses citados passaram pela revista, que continuou estabilizada na faixa dos 150 mil exemplares até o início da década de 80. Então, uma coisa horrível aconteceu: a Vecchi começou a entrar em crise, endividada por causa da construção de um parque gráfico e maxidesvalorizações cambiais, além de sérias brigas internas na família. Aproveitaram a confusão para puxar o tapete e levei um belo pé na bunda: a partir da edição 92, a MAD brasileira não levava mais meu nome no expediente. Mas o castigo veio a cavalo, pois a editora faliu de vez um ano depois. A série da Vecchi teve 103 números e foi até fevereiro de 1983. Até o número que editei, estava vendendo cerca de cem mil exemplares. O último não vendeu nem trinta. Mas esse não era o fim da MAD no Brasil.

Fonte: http://www.madmania.com.br/historia_1.htm

Veja a parte 1 da história: http://blogdevarioo.blogspot.com.br/2012/12/a-historia-da-revista-mad-parte-1.html


MADTV EPISÓDIO 2: