segunda-feira, 18 de março de 2013

SOBRE: AS AVENTURAS DE TINTIM: O SEGREDO DO LICORNE....




As Aventuras de Tintim: O Segredo do Licorne (no original, The Adventures of Tintin: The Secret of the Unicorn), é um filme americano de 2011 baseado na série de quadrinhos As Aventuras de Tintim criada pelo autor belga Hergé. O longa é dirigido por Steven Spielberg, produzido por Peter Jackson e Kathleen Kennedy e escrito por Steven Moffat, Edgar Wright e Joe Cornish. O roteiro é baseado em três histórias: O Caranguejo das Tenazes de Ouro (1941), O Segredo do Licorne/Unicórnio (1943) e O Tesouro de Rackham (1944).
Spielberg adquiriu os direitos de Tintim pouco tempo depois da morte de Hergé em 1983, renovando a compra em 2002. Além disso, é também o primeiro filme em animação dirigido por Steven Spielberg, que sonhava com sua realização há anos, logo após ter falado em certa ocasião com Hergé por telefone. As filmagens deveriam começar em em outubro de 2008 para um lançamento em 2010, porém a estréia foi adiada para 2011 quando a Universal Pictures saiu da produção. A Sony Pictures Entertainment decidiu co-produzir o filme, junto com a Paramount Pictures, através da Columbia Pictures. O atraso fez com que Thomas Sangster, que havia sido escolhido para interpretar Tintim, saísse do projeto. O produtor Peter Jackson, cuja companhia Weta Digital está criando a animação computadorizada, planeja dirigir a sequência. Spielberg e Jackson tem a esperança de co-dirigirem um terceiro filme. O filme estreou na Europa cerca de dois meses antes dos Estados Unidos, porque o personagem de Tintim é mais conhecido nos países europeus, e a boa repercussão poderia ajudar na propaganda do filme nos cinemas americanos.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/As_Aventuras_de_Tintim:_O_Segredo_do_Licorne









RECONSTRUINDO TINTIM
Clássicos de vanguarda, Steven Spielberg e Peter Jackson contam como foi criar um filme “para honrar o espírito” do herói dos quadrinhos".

DUPLA DINÂMICA: O diretor Steven Spielberg e o produtor Peter Jackon uniram talentos e obsessões.


“E... ação!” Em cima de um balcão branco, dois atores irreconhecíveis conversam. Eles vestem o que parece um macacão preto de mergulho, cheio de pontos metálicos e com finas linhas amarelas por braços e pernas. Em suas cabeças, cobrindo parte delas, usam um capacete com um microfone na ponta. Pulam, gesticulam. Há câmeras e gente por todos os lados. Seis homens se aproximam e passam a balançar o móvel onde a dupla está apoiada. Os diálogos seguem impecáveis. Para quem está de fora, a cena tem algo de surreal. “Corta!” 

A voz é do diretor Steven Spielberg. Ele segura uma espécie de controle virtual, de tamanho um pouco maior que um videogame portátil. Ali, numa tela de aproximadamente 7 polegadas, vê uma imagem bem diferente da dos outros. Os homens de macacão são os personagens Tintim e Capitão Haddock, numa versão 3D e colorida, se equilibrando sobre um barco no meio do oceano. Todos os movimentos dos personagens viram bonecos animados na mesma hora em seu visor. Sem olhar para os atores de verdade, ele avisa o que câmeras e elenco devem fazer. “É como ser um pintor ou um controlador de marionetes.” 




Em sua primeira animação (As Aventuras de Tintim: O Segredo do Licorne), Spielberg não economizou tecnologia. Quis que o filme ficasse o mais fiel possível aos quadrinhos feitos por Georges Remi — conhecido como Hergé — ao longo de 50 anos. Para isso, pediu ajuda ao amigo Peter Jackson, o diretor da saga O Senhor dos Anéis, que cuidou da produção do longa. “Com a animação buscamos a melhor maneira de se honrar o estilo, os rostos, os tons, as personalidades de personagens tão queridos”, diz Spielberg. 

Antes de começar a filmar, a dupla bateu à porta de uma autoridade no assunto, o criador de Avatar, James Cameron (que Galileu entrevistou e apresenta na próxima edição). A consultoria rendeu dicas valiosas de quais tecnologias seriam adotadas, mas eles não seguiram todos os conselhos. “Usamos apetrechos técnicos e digitais criados na última década e desenvolvidos pelo Jim (James Cameron), mas à nossa maneira”, disse Peter Jackson. “Honestamente, procuramos descartar a tecnologia ao máximo para que Tintim parecesse um filme normal.”


TECNOLOGIA NATURAL: Jackson e Spielberg quiseram que a animação fosse filmada como um filme de ação, não como uma animação.


ALÉM DE AVATAR 
Mesmo assim, a animação trouxe métodos inovadores de filmagem e edição. O próprio jeito de capturar os movimentos dos atores, visto em produções como Avatar e o recente Planeta dos Macacos: A Origem, foi usado de maneira inédita. Antes, a captura acontecia em dois momentos: filmando primeiro o cenário vazio e, depois, introduzindo as variações das câmeras com os ângulos desejados pelo diretor. Spielberg, ao contrário, decidiu filmar cada cena como se estivesse ao vivo num filme de ação. 

As atuações do elenco foram gravadas como se fossem a versão final, com 8 câmeras de vídeo HD. As imagens cruas eram incorporadas à animação por meio de um processo batizado de “câmera virtual”. Consiste em 100 câmeras colocadas no teto do estúdio na Califórnia, onde o filme foi concluído. Enquanto os atores atuavam, cada uma delas capturava imagens em 360 graus a uma velocidade impressionante — menos de 1/60 de segundo. Com ajuda de sensores, todos os detalhes da cena e do cenário eram captados em diversos ângulos, gerando uma animação 3D perfeita. 

Na edição, Spielberg pôde escolher com calma a melhor composição da cena: subindo o nível da câmera, alterando o foco ou diminuindo a velocidade de certos movimentos dos atores. 

COMO SERES HUMANOS 
Para facilitar a direção de Spielberg, Andy Serkis, o ator que serviu de molde para grandes personagens animados como Gollum de O Senhor dos Anéis e César n'O Planeta dos Macacos, atuou como guia para novatos na tecnologia como os atores Jamie Bell (o Tintim) e Daniel Craig (o vilão Sakharin). No filme, Andy interpreta o Capitão Haddock, amigo de Tintim. O único personagem que não teve um correspondente de carne e osso foi Milu, o inseparável cãozinho fox terrier do protagonista. “Milu não era nada mais do que um pedaço de papelão. Tínhamos de fazer com que os atores soubessem como interagir com ele”, conta Spielberg, que transforma objetos em personagens desde os tempos de Tubarão e ET. 

Os atores usaram capacetes com pequenas câmeras digitais voltadas para os seus rostos, o que garantiu a reprodução fiel da interpretação do elenco. “O que vemos representa a criação individual de um grande ator. As emoções foram destacadas na conversão digital. Eu vi os personagens de Hergé serem recriados como seres humanos, com sentimentos, almas”, diz Spielberg. 

UM FILME EM QUADRINHOS 
A parte que deu mais trabalho veio depois das filmagens com o elenco. Spielberg explica que a equipe técnica precisou “refinar, esculpir e detalhar” cada um dos 1.240 takes antes da digitalização final. Foi somente nesta fase, que durou um ano e meio, que pôde começar a trabalhar em efeitos de luz, no processo de finalização do filme. Na etapa de edição digital, Jackson instruiu os animadores a diminuir a velocidade dos movimentos dos personagens, tornando-os mais “realistas” quadro por quadro, especialmente as expressões faciais. Isso serviu para equilibrar os rostos entre a interpretação do ator e a reprodução fiel do quadrinho. 

Outro truque usado pela produção do filme foi estudar o método de Hergé. Quando ia desenhar suas histórias, o artista olhava fotos relacionadas aos cenários da ação para depois traçá-las no papel. O supervisor de efeitos especiais do filme, Joe Letteri, fez o mesmo, e em mão dupla: estudou fotos da época e também os desenhos dos quadrinhos originais. Como resultado, muitas das cenas parecem quadros vindos de um gibi. 

Entre outubro e dezembro, o filme arrecadou mais de US$ 200 milhões só na Europa e na Ásia, antes de chegar aos EUA. E a Sony e a Paramount deram sinal verde para a continuação, que deve sair até meados de 2014. O senhor dos anéis e o caçador de arcas perdidas já sonham com uma trilogia.








O MUSEU HERGÉ

Na cidade universitária de Louvain-La-Neuve, a sudeste de Bruxelas, localiza-se o museu dedicado a Hergé, o criador de um dos mais inspiradores personagens de HQs: Tintim (qualquer semelhança com personagens aventureiros, como Indiana Jones, por exemplo, não será mera coincidência; artistas renomados como Andy Warhol e Roy Lichtenstein também se inspiraram em sua obra).



 O arquiteto francês Christian de Portzamparc resgatou a atmosfera dos quadrinhos no prédio, que abriga, além do museu em homenagem ao célebre belga, um ambiente de exibição de vídeos, uma cafeteria, lojas, estúdios, depósitos e área administrativa – o museu Hergé encontra-se em atividade desde 2009.


Concebido como um prisma sobre uma área verde, conectando-se à cidade por uma passarela, a edificação possui aberturas generosas (desenhadas de forma a evocarem o enquadramento típico da nona arte), através das quais as cores chapadas usadas nos quadrinhos escapam, construindo sua identidade visual.


O hall multicolorido recepciona os visitantes e abriga os quatro espaços de exibição, interconectados também por passarelas.


A visitação segue um roteiro que, em direção às obras originais, fecha-se mais à iluminação natural, de forma a preservá-las. O percurso não é linear, sendo melhor compreendido ao ler-se o PDF do projeto do museu.




O museu, que custou cerca de 21 milhões de dólares, é fruto da dedicação da viúva e segunda esposa de Hergé, Fanny Rodwell – a quem todos devemos agradecer pela dedicação.

Fonte: http: http://arquitetogeek.com/2012/02/17/o-museu-herge/

Site oficial: http://www.museeherge.com/





O VIDEOGAME






Você acabou de conhecer um dos maiores heróis dos quadrinhos, dos filmes e dos jogos. Visite o site oficial: http://us.tintin.com/


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