Ilustração: Gabriel Góes
O mundo já não suporta mais nossa espécie. Ano passado, atingimos a marca de 7 bilhões de habitantes. Com essa população, já estamos provocando o aquecimento global, crises humanitárias de fome e guerras por conta de recursos naturais. As projeções da ONU falam que a população não vai parar de crescer nas próximas décadas: seremos 9,3 bilhões em 2050, e 10,1 bilhões em 2100. Com tanta gente, quanto carbono jogaremos na atmosfera? Haverá comida para todos? Quantos países lutarão pelas últimas fontes de água limpa na Terra?
Quando perguntados sobre a quantidade de Homo Sapiens que o planeta aguenta, os demógrafos não têm dúvidas na hora de responder: depende. A questão é se manteremos nosso ritmo de consumo e destruição dos meios naturais. "Em um padrão de consumo baixo, a Terra pode sustentar muito mais do que 7 bilhões atuais", diz Roberto Luiz do Carmo, pesquisador do Núcleo de Estudos de População da Unicamp. "No nível de consumo atual, já ultrapassamos o limite", afirma. O planeta só não teria entrado em colapso por causa da desigualdade social, que ainda impede grande parcela da população de consumir como os mais ricos. Ou seja, para salvar o mundo não precisamos diminuir o número de filhos, mas sim o de carros e hambúrgueres. Ficou mais fácil ou mais difícil?
+
VANTAGEM
O mundo só vai estar ameaçado se mantivermos nosso padrão atual de consumo.
-
DESVANTAGEM
Um apocalipse que só depende de nós para ser impedido. Não é um bom sinal.
Texto: Guilherme Rosa
Fonte: Revista Galileu, N⁰247, Fevereiro 2012. Pág. 27
Nenhum comentário:
Postar um comentário